quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Análise do projeto F-X2 deve ser retomada em novembro, prevê Jobim

O ministro da Defesa Nelson Jobim, previu que o processo de escolha de um fornecedor para o novo avião de caça da Força Aérea Brasileira (F-X2) deverá ser retomado em novembro, concluídas as eleições presidenciais. Segundo Jobim, o presidente manifestou seu interesse em discutir o caso em conjunto com seu(a) sucessor(a).A informação foi dada pelo ministro em entrevista coletiva concedida após a abertura do seminário Reaparelhamento das Forças Armadas, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Ele reiterou que não há decisão tomada, e disse que a sugestão a ser enviada pela Defesa ao presidente dará prioridade à transferência de tecnologia do fornecedor, e essa transferência terá que ser garantida pelo governo do país de origem da empresa.
“O que queremos é capacitação nacional, não queremos (apenas) um avião”, justificou.A escolha do fornecedor apenas iniciará nova etapa de negociações dos contratos comercial e financeiro, que podem demorar alguns meses. No caso dos submarinos, as negociações demoraram quase um ano, após a decisão sobre o fornecedor.
As primeiras unidades do novo caça deverão chegar ao Brasil em 2016, segundo o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito.Jobim explicou que os planos de equipamento das Forças Armadas, ajustados às necessidades futuras, ainda estão em elaboração, e terão horizonte de 20 anos.
O projeto F-X2 fará parte desse plano, em conjunto com o Pro-sub (construção de submarinos); os blindados Guarani, que substituirão os Urutus; os 50 helicópteros de transporte da Helibrás, e o avião cargueiro em desenvolvimento pela Embraer, o KC-390. Também farão parte o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) e o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), ambos baseados em satélites.O ministro explicou que não há valores definidos para o plano.
“O número é conseqüência da necessidade”, mas apontou caminhos que poderão complementar receitas orçamentárias: cobrança de prêmio dos bancos que pagam salários dos militares; receitas de um fundo imobiliário com patrimônio não operacional das Forças, entre outros.Jobim citou aos empresários o projeto do KC-390 como um paradigma a ser seguido: ele ocupará um nicho de mercado internacional, pois poderá substituir os Hércules que sairão de linha em todo o mundo nos próximos anos, e conta com parcerias para sua produção. Já há acordos com Chile, Colômbia, Portugal e República Tcheca.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social Ministério da Defesa
(61) 3312-4070 //4071

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